Eu, cigana que sou ,
habituada ao cheiro da poeira da estrada,
com o toque da relva macia em meu corpo,
Não consigo acostumar-me com o cinza frio das construções.
Sou cigana e carrego marcado nas mãos o formato das flores do campo que colhi.
Ainda sou capaz de sentir o aroma perfumado de cada uma delas...
As cores, jamais esquecerei.
As mais belas que meus olhos já viram...
Minha memória guardou cada paisagem dos lugares por onde passei.
Guardei no coração a visão do azul do céu onde vivi.
Cigana que sou, não sei viver calçada.
Meus pés se vestem da terra que pisam.
Não aceito amarras.
Não sei como é ficar parada num só porto.
Gosto mesmo de correr!
Rodopiar ao vento, com as mãos para o alto.
Saudar a Deus...
Cigana sou! Nasci livre!
A liberdade é minha religião.
Com ela tenho a alma em paz.
Nasci livre!
Livre sou feliz.
Adriana Rodrigues
19/01/2013
22:26hs
Livre sou feliz.
Adriana Rodrigues
19/01/2013
22:26hs